Pastoral

Porta Aberta!

Quando criança, em dado momento começamos a ansiar pela maturidade. Nos tornarmos adultos, sermos donos do nosso próprio nariz, na verdade não sabemos o que queremos. Contudo, ao chegar nessa fase percebemos que a expectativa é muito além da realidade, e se é que notamos, trilhamos um caminho sem volta da perca da inocência. Abrimos a porta que até então estava somente com a fresta aberta e o caminho fica livre para o egoísmo, a inveja, a malícia, a maldade e tantas outras palavrinhas que escravizam as nossas vidas, e assim vamos nos afundando. Essas características vão se fundindo de tal forma em nós que se torna praticamente impossível separar depois, a ponto de dizermos: “Eu sou assim”!

Em dado momento alguns encontram-se com Cristo, ressurge a expectativa de que tudo que está fora do lugar vai se encaixar. O Senhor começa uma linda obra de transformação em nós, logo percebemos algumas mudanças, mas ainda não está da maneira como esperávamos que ficasse. Somos convidados a nos conhecermos, porque só assim vamos conseguir mensurar o valor da graça em nossas vidas, e é cruel essa visita ao porão da nossa alma; mas fugir desse encontro nos levará a uma vida na superficialidade, fará que sejamos um personagem na vida que nem nós mesmos conhecemos a pessoa real. São necessárias essas visitas, por que a mudança inicia à medida que vamos reconhecendo quem somos, nos arrependendo dos nossos pecados, e assim a porta fica escancarada para a graça entrar e superabundar.

Essa expectativa imensa que não conseguimos mensurar eu a identifico de anseio da eternidade, e somente lá será completa, em Eclesiastes 3: 11 diz que Deus pôs no coração do homem o anseio pela eternidade, e não é nos tornando adultos que a alcançaremos, mas pelo contrário, o caminho de casa é um caminho de regresso, a palavra do Senhor nos diz em Mateus 18: 3 que se não nos convertermos e nos tornarmos como crianças, de modo algum entraremos no reino dos céus. O que da criança que éramos, descartamos, e percebemos com a palavra do Senhor ser essencial nas nossas vidas? O quanto da maldade expressa no mundo é decorrente da nossa “maturidade”? Após a reflexão, confissão, é essencial o arrependimento…

Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. (2 Crônicas 7: 14)

Estamos no caminho, ainda não chegamos, a porta continua aberta, a porta é o coração, escancare a porta para o Senhor Jesus Cristo e a obra Dele em você.

 

Um abraço do pastor André Américo

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